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Tabela de vacina para cachorro: entenda o protocolo
Chegou um cachorro novo em casa, você precisa fornecer os primeiros cuidados, e está sendo bombardeado de informações sobre alimentação, vacinas, vermífugos, coleiras e por aí vai.
Calma! Sabemos que esse é um momento importante para você e para o novo membro da sua família. Por isso, organizamos este artigo com tudo o que você precisa saber sobre a tabela de vacinas para cachorros, com a idade e frequência em que precisam ser imunizados.
Vacina para cachorro filhote: entenda a importância
Ao nascer, o leite materno fornece uma quantidade significativa de anticorpos aos filhotes, mas essa proteção só acontece durante o período de amamentação. Com o passar das semanas, o filhote vai ficar exposto aos microrganismos e a vacinação é a principal forma de protegê-lo.
Por não existir um calendário oficial de vacinação, os médicos-veterinários seguem o protocolo por nível de proteção. Nele, aos 45 dias de vida, o animal recebe a primeira dose da vacina múltipla canina, chamadas de V8 ou V10.
Nesse primeiro ciclo vacinal, é preciso repetir a dose três vezes, com intervalo de 2 a 4 semanas entre as aplicações, até o filhote atingir 16 semanas. É comum que, após o ciclo da vacina múltipla, o animal receba a vacina antirrábica – contra a raiva, doença fatal e sem tratamento –, que é feita em dose única no 4º mês de vida.
A vacina múltipla e a antirrábica são vacinas essenciais porque protegem tanto os cães como os humanos, uma vez que todos os microrganismos transmissores são zoonóticos, isto é, transmitem doenças dos pets para os humanos.
Entenda cada uma delas:
Vacina V8
Também conhecida como múltipla ou polivalente, a V8 protege o cão contra:
Adenovirose
Causada pelo vírus adenovírus dos tipos I e II. Sua infecção provoca gripes que podem evoluir para quadros de pneumonia
Cinomose
É uma infecção viral causada pelo CDV e afeta principalmente o sistema nervoso
Coronavirose
Causada pelo CCoV – Coronavírus Canino –, acomete o trato gastrointestinal com diarreias e desidratação;
Hepatite infecciosa canina
É uma infecção causada pelo CAV-1 que compromete a função hepática do animal, podendo levá-lo a óbito.
Leptospirose
É uma infecção gerada por bactérias do tipo Leptospira. A V8 previne contra dois tipos mais comuns de Leptospira – a icterohaemorrhagiae e a canicola. Os sintomas incluem vômito, diarreia, hemorragia, dificuldades respiratórias e insuficiências renal e hepática.
Parvovirose
É transmitida pelo Parvovírus e causa diarreias intensas e com sangue, que podem levar à desidratação e óbito.
Parainfluenza
É ocasionada pelo vírus parainfluenza canino tipo II e é responsável por problemas respiratórios, como pneumonia;
Vacina V10
A vacina V10 contempla a cobertura da V8 e tem em sua composição a imunização contra duas outras cepas causadoras da leptospirose e é recomendada principalmente em regiões endêmicas de leptospirose. Além das cepas icterohaemorrhagiae e canicola, protege também contra as cepas grippotyphosa e pomona.
Lembrando que a leptospirose causa sintomas como vômito, diarreia, hemorragia, dificuldades respiratórias e insuficiências renal e hepática.
Adotou ou resgatou um cachorro de rua. Como fazer as vacinas?
Se você adotou um animal ou o resgatou da rua e não sabe como proceder com o protocolo vacinal, leve o cão ao médico-veterinário para que ele estabeleça uma ordem específica para a idade e o estado de saúde do seu novo amigo.
Geralmente, quando o cachorro não é filhote, são feitas duas doses da vacina múltipla e uma dose da vacina contra raiva.
Vacinas não-essenciais para cachorro
A indicação dessas vacinas depende do médico-veterinário e do protocolo que ele adota em sua rotina clínica. São importantes porque protegem o animal de doenças que, na maioria das vezes, não são zoonoses – ou seja, não são transmitidas aos seres humanos.
- Giardia: ocasiona inflamação no trato gastrointestinal do cão;
- Gripe Canina: transmitida por bactérias do tipo Bordetella bronchiseptica, é muito contagiosa e causa infecções no sistema respiratório;
- Dirofilariose: é o verme do coração, transmitido pelo mosquito palha, muito frequente em regiões próximas de mares e rios.
- Leishmaniose: causa lesões infecciosas na derme e nos principais órgãos vitais. Em regiões onde a doença é endêmica, como Rio de Janeiro e Florianópolis, esta vacina pode ser considerada essencial pelo médico-veterinário. Até porque o agente causador da doença pode infectar humanos, no caso da Leishmania Visceral.
Vacina nacional e importada: tem diferença?
A principal diferença não é qual a origem da vacina, e sim onde você vai comprar e aplicar. Isso porque a qualidade da vacina está diretamente relacionada ao seu armazenamento e refrigeração.
Vale garantir que o estabelecimento siga a diretriz da Anvisa, que estabelece que a geladeira que armazena os medicamentos seja usada exclusivamente para esse fim. Também deve ter um termômetro que informa a temperatura interna, para garantir a preservação do conteúdo.
Importante ressaltar que a vacinação deve ser realizada pelo médico-veterinário – o profissional faz uma consulta prévia para avaliar se o animal está saudável antes de receber os imunizantes. Isso é importante porque a eficácia da vacina pode ser comprometida se o cachorro estiver desnutrido, sob muito estresse ou com alguma doença em fase assintomática.
Posso atrasar a vacina do cachorro?
Não deveria, mas às vezes acontece. Quando o médico-veterinário estabelece o prazo de retorno para a vacinação do seu animal, seja filhote ou não, ele está seguindo o esquema que protege melhor seu companheiro contra doenças que podem ser fatais.
Então, mantenha a carteira de vacinação sempre em dia. E, se perceber que atrasou com alguma vacina, procure um médico-veterinário de sua confiança o quanto antes e regularize a imunização.
Esperamos que esse artigo tenha te ajudado com as dúvidas sobre as vacinas para cachorro. Se você gostou, compartilhe-o com seus amigos e siga a Max nas redes sociais.