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Condicionamento para os fogos de artifício

É claro que as luzes que colorem os céus são lindas e deixam qualquer festa mais bonita, só que elas ficam ainda mais bonitas quando só brilham. Em diversos lugares do Brasil já existem leis que proíbem a comercialização de fogos de artifício de alto ruído. Além dos animais, os estampidos assustam pessoas autistas, doentes, idosos, crianças, bebês… 

No Rio de Janeiro, por exemplo, a lei permite o uso de fogos sem estampidos ou que produzam barulho de até 120 decibéis, nos casos de eventos autorizados por órgãos governamentais. Contudo, sabemos que até que a lei seja completamente seguida, demora um pouco de tempo. Por isso, é preciso proteger quem precisa. 

Há vieses comportamentalistas que indicam que o condicionamento é o melhor tratamento quando aliado ao reforço positivo. Veja, abaixo, tudo o que você precisa saber sobre o condicionamento para que seu amigo de quatro patas lide com os fogos de artifício. 

O que acontece na cabeça

O estresse é um conjunto de respostas físicas e mentais que são causadas por estímulos externos que o corpo do animal interpreta como uma situação de emergência, em que a melhor alternativa seria lutar ou fugir. 

Por causa de seu sistema auditivo extremamente desenvolvido, cães são muito sensíveis aos estímulos sonoros e, por isso, estudos apontam a autodefesa exagerada destes animais quando expostos a sons de fogos de artifício, trovão e tiro de armas de fogo. Por isso, é importante condicionar e treinar o animal.  

O que o medo pode causar

Quando os animais estão expostos ao medo, seus batimentos cardíacos entram em ritmo descompassado, pela descarga de hormônios como adrenalina e cortisol. E, nesse meio de estresse e ansiedade, seu cão pode apresentar: 

  • Parada cardiorespiratória 
  • Infarto 
  • Impulsos de fuga que podem resultar em machucados sérios – como cortes e quedas.

Como treinar um cão com medo de fogos

Uma das principais técnicas utilizadas por médicos-veterinários comportamentalistas é a do condicionamento por reforço positivo, ou seja, o animal é exposto progressivamente aos sons dos quais tem medo. Progressivo, nesse caso, é o volume. No começo, o som é colocado em volume baixo e sobe aos poucos.

Treinar antes, por bastante tempo é uma tarefa árdua e longa, mas necessária para que o seu amigo de quatro patas se sinta melhor diante de um som que o afeta tanto. Em aplicativos de música você pode encontrar playlists de condicionamento de fogos. Comece com pouco tempo e ofereça algum petisco que o cão goste muito – e que o médico dele tenha autorizado. Até que ele se sinta confortável com o som por mais tempo e em volume maior. 

Importante: caso haja necessidade do uso de remédios, não faça isso por conta própria. Somente o veterinário vai poder traçar uma linha de tratamento específica para ajudar o seu amigo em situações de crise. Até porque não existem remédios que possam solucionar o medo – e sim auxiliar no tratamento. 

Cuide bem do seu peludo, leve-o em consultas de rotina e não deixe que o medo o impeça de brincar e se divertir.

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