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Eutanásia em animais: tudo o que você precisa saber
Dizer adeus ao amigo de quatro patas que te acompanhou durante tantos anos não é algo fácil, isso nós sabemos. Seja porque a idade chegou ou para aliviar as dores de uma doença complicada, essa decisão precisa estar pautada no bem-estar do animal.
Na Medicina Veterinária, as técnicas de eutanásia têm como objetivo acabar com o sofrimento animal de forma rápida e indolor. No Brasil, quem dita as situações em que a eutanásia em animais é indicada é o CFMV – Conselho Federal de Medicina Veterinária, que desenvolveu um guia específico para a situação.
Mas, se você chegou neste artigo, provavelmente já passou ou está passando por um momento deste na vida. Então, veja, abaixo, algumas informações importantes sobre a eutanásia em cães e gatos.
Como é tomada a decisão de eutanásia em animais?
Para decidir se um animal, seja cão ou gato, tem a eutanásia como alternativa, é preciso que o médico-veterinário que já conhece o histórico de saúde defina:
- Se o animal tem seu bem-estar comprometido irreversivelmente. Assim, a eutanásia se torna a única forma de eliminar a dor e/ou o sofrimento, já que analgésicos, sedativos e outros tratamentos não são mais eficazes;
- Se o animal se tornou uma ameaça à saúde pública como, por exemplo, ao estar infectado com alguma zoonose sem tratamento, como a raiva.
- Se o tratamento representa custos incompatíveis com os recursos financeiros do tutor. Isso pode acontecer em casos de Leishmaniose, em que o tratamento é caro e longo.
Quando se fala em bem-estar irreversível, trata-se de doenças infecciosas e parasitárias como cinomose e parvovirose, câncer, traumas como atropelamentos ou doenças degenerativas como insuficiência renal crônica, cirrose e insuficiência cardíaca congestiva.
Eutanásia em animais: quem decide no final?
Ainda que seja uma decisão médica, baseada no quadro clínico que o animal apresenta, com exceção do caso de saúde pública, quem dá a palavra final é o tutor do pet.
Contudo, é preciso que o tutor tenha plena consciência de que, acima do próprio emocional, deve estar o bem-estar do gato ou do cão em questão. São dores que nunca cessarão, independentemente da quantidade de remédios ou procedimentos que o animal for submetido.
Como dissemos antes, é uma decisão difícil que precisa de muita ponderação entre os familiares.
Como é o procedimento de eutanásia?
Para realizar a eutanásia, o médico-veterinário precisa garantir que haja respeito ao animal, de forma que a dor seja ausente ou reduzida ao máximo, bem como o medo e a ansiedade.
O método pode ser por inalação ou por injeções que fazem com que o coração e o cérebro do animal parem logo após o efeito dos sedativos, assim, evitando sofrimentos.
No geral, é preciso que o animal esteja inconsciente antes de vir a óbito e que esse procedimento seja irreversível. Por humanidade, o médico age de forma respeitosa para evitar maiores impactos emocionais também aos tutores.
O tutor pode acompanhar a eutanásia em animais?
Sim, você pode segurar a patinha do seu melhor amigo e companheiro de tantos anos nesse momento difícil. Converse baixinho, fale sobre bons momentos de vocês dois, reze… mas esteja com ele porque nenhuma despedida é capaz de apagar tudo o que vocês viveram juntos.
Depois que o momento passar, tenha paciência com você, espere o tempo de luto e o sentimento de saudade acalmarem um pouco no coração, mas não se feche para outros animais, pois eles trazem alegria e felicidade para nossas vidas.
Pode ser que a vontade de adotar um novo peludo chegue rápido ou demore mais um pouquinho. Quando esse momento chegar, pense com responsabilidade sobre as necessidades que o pet demanda, inclusive aquelas além da alimentação e dos cuidados médicos.
Bom, se em algum momento você precisar optar pela eutanásia, que seja uma atitude que traga conforto ao seu coração e, principalmente, ao seu amigo de quatro patas! Se esse artigo lhe foi útil, compartilhe-o com seus amigos e siga a Max nas redes sociais para ficar por dentro das novidades!