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Cachorro roncando: entenda motivos e cuidados
Imagina a cena: você se senta no sofá da sala para assistir a um filme de terror. Na parte mais tensa da história, um barulho te assusta. Mas não vem da TV, e sim do seu colo, onde seu cachorro dorme. Ele repete o som e só daí você percebe que seu pet está roncando!
A situação pode até ser cômica, mas algumas vezes o ronco do cachorro pode ser motivo de preocupação.
Seja por condição genética ou adquirida – como obesidade ou alergia -, o ronco é uma consequência do estreitamento das vias respiratórias que, por falta de espaço para o ar circular, acaba gerando aquele som. A intensidade e frequência do ronco são fatores importantes, então, observe isso.
Por que cachorro ronca
Além das alterações anatômicas, outros fatores fazem com que haja estreitamento das vias aéreas, fazendo com que o animal ronque. Independentemente da raça e porte, seu cachorro pode roncar. Entre os motivos, podemos citar:
Corpos estranhos: cachorros que tem aquele instinto farejador podem inalar algo que não deveriam. Por consequência, o corpo tenta expulsar o invasor com espirros. Caso não consiga e o material fique preso nas vias nasais, isso pode gerar uma infecção mais grave que obstrui as vias respiratórias.
Alergias são uma hipersensibilidade a alguma substância, como pólen, poeira e ácaro. Isso pode levar a uma reação do organismo, com produção exagerada de secreção e estreitamento das vias aéreas.
Gripes e resfriados: possuem sintomas que se assemelham a gripe humana, com secreção e congestionamento das vias nasais que, por sua vez, levam ao estreitamento e ao ronco.
Obesidade: a gordura acumulada pode sobrecarregar órgãos como o fígado e o coração, além das articulações. Além disso, a obesidade dificulta a respiração dos cães, provocando o ronco do cachorro.
Disfunções tireoidianas também podem estar associadas ao ronco. Nesse caso, além do ronco, aparecem sintomas como falta de apetite e apatia – podendo apresentar perda ou ganho de peso em pouco intervalo de tempo.
Ronco é uma característica dos cães de focinho curto
Facilmente reconhecidos e encontrados nos lares brasileiros, os cães cujo formato do crânio tem focinho achatado – tecnicamente chamados de braquicefálicos – estão entre os que mais roncam durante a noite. A causa é da própria anatomia: o estreitamento das vias aéreas gera o ruído. Repare também na dobrinha do focinho, pois, cachorros com essa condição genética costumam ter ainda menos espaço para a entrada de ar por ali.
De toda forma, apesar de característico das raças, o ronco deve ser investigado por um médico-veterinário. Se estiver comprometendo a qualidade de vida, já existem cirurgias que corrigem essas alterações anatômicas.
Na lista de raças com essa características estão American Bully, Buldogue inglês, Buldogue francês, Boston Terrier, Boxer, Pequinês, Pug e Shih Tzu.
Como fazer o cachorro parar de roncar?
Por existir diversas causas para cachorro fazendo barulho de ronco, há diversos meios de ajudar seu amigo a parar de roncar.
Você pode adotar algumas medidas simples para facilitar a respiração e melhorar o bem-estar do seu amigo, tais como:
- Marque consulta com um otorrino ou pneumologista – Principalmente se o seu amigo tem focinho curto, consulte esses profissionais para saber se o caso é cirúrgico ou se os cuidados paliativos são suficientes.
- Passeie com seu amigo – Isso vai ajudar a manter a rotina mais saudável e evitar o sedentarismo e a obesidade.
- Cuidado com a mudança de tempo – Assim como os humanos, a mudança brusca de temperatura pode fazer com que seu amigo fique gripado e isso ocasiona consequências mais preocupantes como a pneumonia.
- Dica de ouro – Caso seu animal tenha má formação na traqueia e esse seja o motivo dos roncos, experimente colocar um travesseiro para inclinar um pouco o ângulo da cabeça. Em muitos casos, os cães dormem melhor assim.
Frequentemente, vá em consultas de rotina para que o médico-veterinário faça o acompanhamento da saúde do seu cão. Além de ser a melhor maneira de identificar alterações ainda em estágios iniciais, em caso de qualquer necessidade, o médico já conhece o histórico do seu amigão.
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Referências:
Tratado de Medicina Veterinária – doenças dos cães e dos gatos
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5246317/mod_resource/content/1/Tratado%20de%20Medicina%20Interna%20de%20-%20Marcia%20Marques%20Jerico%2C%20Joao%20Ped-ilovepdf-compressed.pdf
Cunningham Tratado de Fisiologia Veterinária, de Bradley G. Klein