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Hipertemia pode ser fatal: veja como evitar o excesso de calor

Em dias muito quentes – como aqueles verões cariocas clássicos –, nós, humanos, geralmente suamos para que a temperatura do corpo se mantenha equilibrada. 

Mas, você sabia que os cães não conseguem suar? Para eles, é como se estivessem em uma sauna seca, em que, para que continuem com o corpo funcionando, precisam de diferentes ferramentas como a intensificação da respiração e dos batimentos cardíacos, por exemplo. 

No limite, quando a temperatura chega ao limite, ocorre a hipertermia que pode ser fatal tanto em  animais de focinho curto até naqueles com focinhos mais longos.

Sabemos que esse assunto é sério e queremos te ajudar a encontrar maneiras de ajudar o seu amigo a não sofrer com o excesso de calor.

O que é hipertermia em cachorros 

Hipertermia é a situação em que a temperatura do corpo está mais elevada que o normal e, em geral, está relacionada a momentos de estresse, ansiedade ou a dias muito quentes. No caso dos cães, pode ser fatal se o tutor não age de maneira precisa e rápida. 

Os animais braquicefálicos são mais propensos a apresentarem a condição por apresentarem focinho menor, e as coanas nasais encurtadas – responsáveis pela filtração e refrigeração do ar. Algumas dessas raças são: 

  • Bulldog francês 
  • Bulldog Inglês 
  • Shi-tzu
  • Pug
  • Pequinês
  • Lhasa apso
  • Boston terrier
  • Dogue de bordeaux

A temperatura corporal dos animais é maior do que a dos humanos, geralmente permanece entre 38,5ºC e 39ºC. Se a elevação chegar a 40ºC, a condição hipertérmica já pode ser apresentada. Os sintomas podem ser: 

  • Dispneia intensa – o animal fica muito ofegante, aparentando estar com dificuldade de respirar; 
  • Salivação excessiva – a saliva pode escorrer e, em alguns casos, formar espuma;
  • Cianose – é causada pela falta de oxigenação no cérebro, a língua do cão fica azulada;
  • Mucosas avermelhadas – pelo aumento da circulação sanguínea, na tentativa de manter a temperatura regulada;
  • Andar descoordenado – o animal pode ficar tonto devido à falta de oxigênio no cérebro e apresentar dificuldade para andar;
  • Convulsões – em casos mais sérios, o cachorro pode entrar em estado convulsivo. Se isso ocorrer, é preciso manter a cabeça do animal protegida com travesseiros até que passe.

Como evitar as crises de hipertermia 

As crises de hipertermia em cachorro podem ser evitadas com atitudes simples – principalmente em dias mais quentes. Separamos algumas ações: 

Gelo e água fresca – separe potes de água pela casa para que o seu amigo tenha vários pontos de hidratação, isso vai fazer com que ele precise se deslocar menos para se hidratar. Se o cão for adepto a mastigar ou brincar com gelo, ofereça durante os horários mais quentes do dia. Você também pode congelar frutas como banana, maçã e melancia, mas cheque com o médico-veterinário se é permitido e qual quantidade deve ser ofertada por dia. 

Ventilador – mantenha o ventilador ligado para que o cachorro tenha uma fonte de ar fresco ou, ao menos, um pouco de vento. Mas evite que fique muito próximo do focinho, pois o cão pode inalar partículas de poeira e desenvolver algum tipo de alergia respiratória. 

Passeios noturnos – nunca saia para passear com seu cãozinho nos horários de pico do sol, principalmente no verão brasileiro. Opte pelos passeios noturnos, as temperaturas estarão mais amenas e o asfalto, mais fresquinho.  

Dica importante! 

Se o seu cão entrar em estado extremo, apresentando a língua azulada, salivando muito ou desmaiando de calor, é necessário que um médico-veterinário seja procurado imediatamente. Isso porque, quando a temperatura corporal do animal sobe demais, os órgãos internos podem entrar em colapso, ocasionando morte cerebral. 

No trajeto até a clínica, mantenha o ar condicionado ligado para que a temperatura abaixe um pouco.

A cirurgia de estenose de narina – para corrigir aquele nariz fechado demais – pode ajudar, principalmente no caso dos animais braquicefálicos. Contudo, é necessário que haja indicação do médico-veterinário capacitado para a realização do procedimento, que consiste em usar laser para criar mais espaço na narina de cães e gatos. No ponto de vista da hipertermia, essa cirurgia permite que o animal respire um pouco melhor, inalando ar com mais facilidade para o funcionamento corporal. 

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